15/06/2009

Um antiquário nada antiquado

12/06/2009, ZH Centro


PAULO HIPPEN, Coordenador do Caminho dos Antiquários


Alguém que vive o Centro em sua plenitude só poderia estar engajado em valorizar essa área. À frente da feira Caminho dos Antiquários, Paulo Hippen, 43 anos, tem sua vida concentrada na região: é onde trabalha, vive, se exercita e encontra os amigos.
Foi em Novo Hamburgo, sua cidade natal, que abriu a primeira loja de antiguidades e, posteriormente, transferiu-a para o Centro Histórico de Porto Alegre, sua cidade do coração. A dedicação a esse ramo já dura 20 anos com a colaboração do sócio Sidnei Dichuta.
– Sou um antiquário, mas não sou antiquado, vivendo com intensidade o meu presente – afirma.
Há dois anos, Hippen passou a residir na Rua Duque de Caxias.
Além de comerciante, ele define-se como um apaixonado por arte, vida, preservação da história e da natureza, cultura, animais, diversão, amigos verdadeiros, família, música e esportes. Conheça um pouco mais sobre a relação de Hippen com o Centro na entrevista a seguir.
ZH Centro – Como você definiria a região em uma palavra?
Paulo Hippen – Histórica.
ZH – Qual a rua mais charmosa?
Hippen – A Duque de Caxias. ZH – Qual sua lembrança mais remota do bairro?
Hippen – O Viaduto Otávio Rocha.
ZH – Como é o vizinho ideal?
Hippen – Simpático, gentil e discreto.
ZH – O que mudaria no bairro?
Hippen – A rede elétrica pública, de aérea para subterrânea, e resgataria uma linha do bonde histórico, para fins turísticos.
ZH – Se tivesse de escolher uma trilha musical para a região, qual seria?
Hippen – Canto com a Isabela: Porto Alegre é Demais. E Kleiton e Kledir acertaram em cheio: “Deu pra ti, baixo astral, vou pra Porto Alegre, tchau!”.
ZH – Como Porto Alegre seria sem o seu bairro?
Hippen – Sem história e sem personalidade. O Centro Histórico é o berço de Porto Alegre.
ZH – Conte uma história legal sua com o bairro.
Hippen – Quando chegamos aqui, tínhamos um sonho de adquirir uma casa no Centro Histórico para abrigar a nossa loja. Conseguimos um sobrado de 1921 e o restauramos mantendo todas as características originais. Ficou um cartão-postal.
ZH – Como você imagina o bairro no futuro?
Hippen – Imagino todos os prédios conservados, ruas ajardinadas, mais segurança, o Cais do Porto transformado num ponto turístico e a rede elétrica subterrânea.
As dicas de Paulo:
Um recanto escondido: “Não está nem um pouco escondido, mas muitos deixam de curtir os aromas, o charme, a beleza e os bons preços do Mercado Público.”
Um restaurante: “No Centro Histórico se destacam vários restaurantes. Sem querer ser injusto, cito o do Clube do Comércio.”
Um detalhe para observar: “A arquitetura antiga, especialmente do século XIX e do início do século XX.”
Um lugar para caminhar: “A orla do Guaíba. O local é revigorante e está ficando cada vez mais bonito.”
Um evento imperdível: “A Feira do Caminho dos Antiquários, todos os sábados, das 10h às 16h, na última quadra da Rua Mal. Floriano e na Praça Daltro Filho.”

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